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02 outubro, 2005

O Movimento



O corpo centra-se e o movimento começa.
Movo-me mas não sou o movimento,
Misturo-me à sua forma, como a cana dobra com o vento.
Tenho um corpo mas não sou o meu corpo.
Centrado, estou livre do conteúdo externo, em harmonia com o todo.
Eu ajo mas a inacção torna-se cooperação harmoniosa.

Eu aceito mas não sinto necessidade de possuir.
O movimento é infinito, um círculo, e eterno. O mesmo, mas evoluindo.

Ele flui e sou imergido em seu ritmo.
Eu abraço o um. Concede mas ao concederes conquista tudo.
O corpo centra-se e o movimento é.
Minha sombra é lançada no chão do Dojang.
Move-se livre de julgamento, segue, mas molda-se naturalmente ao seu mundo.
Vazia de ego, é moldada pelo meu movimento.
Eu sou seu escultor e ela, meu professor.


Escrito por David M. Twigg

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