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30 setembro, 2005

Para AcOrReNtAdO




Com os teus olhos deslumbrantes e cheios de vida,
Com quatro sorrisos diferentes:
Primeiro: quando sorris á garganhada;
Segundo: quando forças o sorriso que nada está bem;
Terceiro: quando ficas meio atromentado;
Quatro: quando estás feliz de estares comigo.

O teu mundo,
A tua vida onde espero permanecer,
Onde espero fazer mais que um só todo,
O sol a faiscar por todo o lado,
Como se o céu ganhasse vida ao acordar
Todos os dias a teu lado.
Onde a minha alegria e sofrimento és tu,
Só tu me fazes amar e sofrer como nunca!
Quero-te em meu ser,
Que vagueias por todo o lado,
Que penentres no fundo,
Conhecendo os meus sentimentos,
Vivo na certeza que te amo loucamente.
Amo-te mt AcOrReNtAdO

O inesperado aconteceu


1º Capitulo

Por vezes penso como seria a minha vida se eu ouvisse, seria a mesma pessoa que sou hoje? Ou era e tal como as outras raparigas extrovertidas com aquela naturalidade toda?

Tudo corria bem dentro da normalidade, tinha dois anos e meio e era uma criança gordinha, calma e extrovertida em tudo que me era rodeada, principalmente a familia e as pessoas do bairro que me conhecem desde tenra idade, distribuia-lhe a cada uma um sorriso contagiante em troca recebia bochechas e beliscavam-me na cara, era a coisa que mais detestava!
Aconteceu o inesperado de um momento para o outro sem qualquer razão aparente para esse tal sucedido, deixei de ouvir nem um som, nem uma palavra, nem um murmúrio de voz pudesse esquecer aquele instante de desespero dos meus pais.
O que é de facto estranho para mim de não me conseguir lembrar os tímpanos a rebentar, nem aonde e o porquê de não aperceber das dores que sentia enquanto criança.
Os meus pais assustadissimos pegaram-me ao colo e arrancaram de carro em velocidade máxima para o hospital de lisboa, onde um pediatra nos atendeu imediatamente, por fim caminhamos num longo e comprido corredor estreito onde a respiração era cada vez mais afogante e intensa que parecia durar uma eternidade.
Instalámos numa das salas onde me examinaram pormenorizadamente com testes sonoros, audiogramas, raios-x, tac e outros exames variados á perda auditiva, após uma longa espera de choros e dores constantes vieram os resultados: surdez bilateral severa a profunda em ambos os ouvidos.
O mundo desabafou acima de nós silenciosamente...

29 setembro, 2005

Estou dividida

...porque não pertenço totalmente aos dois Mundos: o Mundo do Silêncio e o Mundo do Ruido

O silêncio que nos momentos mais stressados e dramáticos dá-me uma calma de aparente quietude, paz, tranquilidade e comunhão no interior.
O ruído que nos momentos mais felizes, mais energéticos dá-me uma vivacidade intensa, uma força inexplicavel de alegria e prazer e uma vontade tremenda de viver mesmo de VERDADE.
No silêncio onde quero chorar, onde quero sofrer, onde guardo todos os meus segredos perante essa complexidade de palavras.
No ruído onde posso sentir nela uma forte presença, uma nova luz de esperança, a espreita de uma nova oportunidade.
Dois mundos que separam na margem do rio: o mundo dos surdos e o mundo dos ouvintes, todos temos uma finalidade e essa finalidade é inserirmos numa incorporação de dois mundos conjugados num só.

Qual é a diferença de uma pessoa que não ouve e outras que ouvem? NENHUMA, apenas precisamos de um certo tempo a aprender as coisas de maneira tão natural mas depende também da personalidade de cada um... quando mais voltas dámos na vida, mais chegamos lá devagarinho a jogar pelo seguro pois basta um desastre e será inevitável... só quem arrisca tem forças para seguir em frente pois cada derrota sofrida é uma base para sucesso.

O meu Slogan primitivo: "sou surda por fora e ouvinte por dentro", uma ética bastante sentida!

28 setembro, 2005

Em busca da descoberta


Tinha um ano de idade crescia de olhos vistos para os meus pais babados do momento, á medida que crescia dava cada vez mais sinais de segurança, não é evidente que comecei a dar os meus primeiros passos aos nove meses de idade e dai com o tempo era só sorrisos, choros, saudades…
A fome de pegar num objecto em minha mão era uma caminhada divertida que apelasse á sensibilidade e ao toque, mas ninguem suspeitava que estava alguma coisa de errado comigo e o colapso estava iminente...

Um modo de vida

Em criança sempre apreciava ver filmes de lutas, aos oito anos estava redondamente fascinada pelos actores que proporcionavam espectáculos como Bruce Lee, Chuck Norris e Jean Claude Van Damme e mais outros.
Sentia cada vez mais entrosada neste espirito de competitividade, por mera circunstância um ano depois tomei conhecimento de uma escola de artes marciais, fui experimentar sem receios dos meus pais que não sabiam de nada no entretanto arranjei uma desculpa aterrefada dizendo que ia para o parque jogar futebol com os meus amigos, o plano funcionou!
Logo no primeiro treino os meus olhos iluminaram de felicidade porque foi amor á primeira vista e era essa vida que gostava de ter durante a minha juventude, ainda hoje digo a mim própria: ainda bem que segui o meu coração!
Fiquei obcecada pelo espectáculo dos movimentos do corpo humano, pela forma de pontapear, pela velocidade, pela resistência e pela competição o que me levou a abrir mais o apetite de estar inserida nesta modalidade, não só, também todas as suas actividades são baseadas num espirito defensivo.
Um dos factos mais importantes é o TAEKWONDO não ser apenas uma arte superior de defesa pessoal como o praticante adquire bom-senso e autoconfiança, características que o tornam mais generoso nas suas atitudes para os demais.

Aquele momento que escolhi essa modalidade num piscar e fechar os olhos começei a conhecer o verdadeiro mundo do desporto e uma maneira de estar na vida, apesar das dificuldades ultrapassadas os Surdos ou outros tipos de Deficiências não devem nunca desistir de algo só por sermos tratados de modo diferente por sermos diferentes numa sociedade distraída e cada vez mais vazia de valores onde muitas vezes a ignorância caminha cada vez mais ao lado da lógica do mercado... quantos comentários a propósito não poderiam evitar se todos tivéssemos sido habituados a aceitar que somos todos iguais mas todos diferentes?

Interessante


Qualquer estudante que obteu por escolher o curso da sua vida por mais que goste mesmo sabendo que não é suficiente pelo simples facto de não sermos limitados na capacidade de aprendizagem.
Essa dúvida paira na minha cabeça porque sei que nada é pouco, somos sempre cantivados estruturar mais que uma área de puro interesse ou nunca pensaram tornar os temas ainda mais multifacetados?
Pouco a pouco começei alastrar imagens como uma tempestante a percorrer por caminhos desconhecidos num flash imediato onde tudo pudesse ser desvendado, há quem diga que o ímpossivel é aonde o desejável se torna possivel compreender isto tudo num abrir e fechar os olhos, mas para isso temos de ir aonde nunca fomos antes: ir ao fundo do poço (explorar a mente).

Descobrir as pronfudezas do inconsciente é sempre emocionante pois é uma aventura constante que nunca acaba...

A circunstância de um pensamento


Começei a ter sinais de ausência de preencher uma actividade, sempre questionei num ponto de vista psicológico se somos ou não escravos dos nossos pensamentos? Porque uma ideia nasce e de repente aparece outra mais acessivel? Como podemos valorizar a palavra do que o pensamento em questão? Como é que uma frase inerente acabada de ser iluminada de uma dúvida imensa não tenha um fim explicito?
Será inteligência construtiva? Inteligência crítica? ou inteligência emocional? Penso que essas variedades iludem abstraticamente como uma ponte para a outra margem da etapa do pensamento, é como se queresse caminhar ainda mais nas ruas do meu ser e compreender as sensações diferentes daquilo que somos: conhecendo a minha personalidade, os pensamentos, as emoções, as dúvidas, as angústias e muito mais.

1984



Terça-Feira de 1984

Era um dia quente de verão quando me preparava para nascer e vir ao mundo para iniciar as minhas descobertas como qualquer recém-nascido.

Entro de rompante como um escorrega num túnel estreito que me apertava todo o corpo, começo assustar-me ao aperceber-me de que não estou naquela bolsinha de água que foi o meu lar durante nove meses e entro na viagem mais díficil da minha vida com fortes turbulências NASCI, vi a luz do mundo!

Subitamente dei um grande grito de choro...

26 setembro, 2005

Sonhos

Estou num quarto cheio de sonhos, de ilusões e de conquistas com as mãos acorrentadas no teclado, onde me transformo numa pessoa de muitas variedades e ao mesmo tempo como criança, adolescente, mulher, filha, namorada, amiga e desportista.

Todas essas componentes mostram um determinado esboço daquilo que penso, daquilo que faço e daquilo que sou realmente como mulher perante essas variedades que definam a Memorex, eu mesma.

25 setembro, 2005

Top Secret


Houve uma noite que olhei para o vidro enorme da camioneta onde estava a lua replecta de brilho e ao lado estavam estrelas alinhadas de uma e outra, cada uma brilhava mais que as restantes, nessa altura por mera casualidade apontei com os meus próprios olhos aquela estrela que considerava a mais bonita de todas, escolhi aquela que tinha a beleza cintilante, a claridade, a excelência, a beldade, a vivacidade, o amor, a paz, a compaixão, a solidariedade da cor que transmitia no meu interior da alma por isso pedi o meu desejo silenciosamente que poderia durar para toda a vida: um segredo que ninguem poderá desvandar só uma pessoa mais importante sabe o que poderá ser nessa caixinha de surpresas...

O sol e a Lua


O Sol e a Lua são duas naturezas distantes e opostas de uma e outra, o fogo levanta ao cimo da terra e ilumina tudo á sua volta, a lua que renasce numa escuridão dando um brilhozinho no escuro com as suas congeneres amigas: as estrelas...
Somos tão diferentes como o Sol e a Lua, dois seres com muito amor, paixão e carinho que damos a um outro, tão diferentes que somos mas no fundo sabemos que somos muito parecidos.

Como o tempo passa tão depressa a uma velocidade estonteante,
Os teus olhos castanhos claros soberbos que me faz brilhar os olhos,
O teu sorriso cativante que me é contagiante,
Os teus risos, as tuas gargalhadas,
A tua animosidade, as tuas brincadeiras, o teu ar durão,
Deliro quando os nossos lábios se tocam em unissomo com suavidade,
As ondas a rolar-se nas areias com uma energia arrebentadora soltando espuma,
A intensidade do sentir de ser amada de verdade por ti,
O prazer de ouvir-te quando falas comigo,
Bastante delicado e atencioso ao escutares os meus desabafos,
Ès o meu confidente a todas as horas,
Ès a única pessoa que me fazes bater o coração,
Compreendi que não sou capaz de viver a vida sem ti,
Porque só tu me fazes sentido nada mais...
Agradeço por apareceres na minha vida,
Vou-te amar sempre é o que mereces...

Serenidade




Limito-me a agir no momento, como uma criança abandono-me na inoncência e descobrirei todos os dias novas aberturas, novas perspectivas, novos caminhos que me dão conhecimento, experiência e maturidade o suficiente para alcançar toda a plenitude dos objectivos traçados.
A espontaneidade e intensidade com que vivo em cada momento representam a força do meu rio: o rio é um conjunto de correntes que passeiam pelo mundo explorando-o e moldando-o, deixando a minha marca, por detrás do meu sorriso existem correntes fortes que podem abalar o mundo.

24 setembro, 2005

Os meus sentidos


Posso não ouvir a música tocar, a sua sonoridade, a sua voz mas posso senti-la misteriosamente com os batimentos, com a vibração das notas musicais no meu corpo, posso não ouvir a maresia mas posso ver a claridade como tudo se torna tão belo e suave, o seu odor, o seu perfume salgado, posso não ouvir uma gargalhada de uma criança, de um adolescente, de um adulto ou idoso mas posso ver o seu sorriso, a sua expressão mimica e a sua linguagem corporal de cada um, nada é deixado ao acaso que não se passa por indiferente...