
Cada mundo designativo de uma só pessoa existe muitos segredos encobertos, com o receio de serem clareados de forma transparente.
Hoje aconteceu-me isto, um segredo oculto foi destapado por mim sem o prever minimamente, quando soube o conteúdo do signo linguístico fiquei apavorada. Tentei desprezar a descoberta, até porque não era o momento indicado de abri-la nesta caixa misteriosa que lutava afincadamente dentro do recipiente de células.
Consegui impor-lhe resistência por umas horas, sabia que mais cedo ou mais tarde o segredo ia brotar numa explosão de electrões com carga negativa, espalhando moléculas que perderam a sua neutralidade com puro veneno. Pedaços venenosos são atraídos pelo campo gravitacional das células, aceleradas e em queda livre pelo feixe luminoso que as seguem de linha recta.
O impacto está iminente, a vingança vem em força com o acto de punir este esconderijo onde o meu peito começa apertar sem folêgo, a garganta sustenta a dor aguda que nele atravessa, os meus olhos ficam segredados pelas glândulas lacrimais. As lágrimas já formadas mostram a minha fragilidade por detrás do rosto e dou um grande grito de desespero, de indignação, de mágoa onde silenciosamente sou desabafada perante a incredulidade da Surdez.
O meu grito: “QUERO OUVIR”!!!
Hoje aconteceu-me isto, um segredo oculto foi destapado por mim sem o prever minimamente, quando soube o conteúdo do signo linguístico fiquei apavorada. Tentei desprezar a descoberta, até porque não era o momento indicado de abri-la nesta caixa misteriosa que lutava afincadamente dentro do recipiente de células.
Consegui impor-lhe resistência por umas horas, sabia que mais cedo ou mais tarde o segredo ia brotar numa explosão de electrões com carga negativa, espalhando moléculas que perderam a sua neutralidade com puro veneno. Pedaços venenosos são atraídos pelo campo gravitacional das células, aceleradas e em queda livre pelo feixe luminoso que as seguem de linha recta.
O impacto está iminente, a vingança vem em força com o acto de punir este esconderijo onde o meu peito começa apertar sem folêgo, a garganta sustenta a dor aguda que nele atravessa, os meus olhos ficam segredados pelas glândulas lacrimais. As lágrimas já formadas mostram a minha fragilidade por detrás do rosto e dou um grande grito de desespero, de indignação, de mágoa onde silenciosamente sou desabafada perante a incredulidade da Surdez.
O meu grito: “QUERO OUVIR”!!!
Um Bom Ano Novo 2006 de pé direito para todos que passaram aqui, são os meus votos.